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quinta-feira, 31 de março de 2011

Mitos sobre Exu


Muitas coisas são ditas e muitos textos são escritos sobre o trabalho dos Exus na Umbanda. Com isso, muitos mitos foram criados, alguns até absurdos e deturpadores, por pessoas que não entendem o verdadeiro trabalho do Exu, na Umbanda, ou não entendem a verdadeira missão da Umbanda, nesse planeta.
Com esse texto, vamos tentar explicar e quem sabe até, desmistificar esses mitos que confundem a cabeça e o aprendizado daqueles que se propõem bem servir sua religião: A Umbanda. 
A Umbanda em sua dinâmica básica, lida com espíritos dos mais variados graus de evolução. As Entidades, Guias e Mentores que se apresentam nos terreiros exercem um trabalho incansável contra as forças trevosas.
Na Umbanda, a origem de Exu está em função da necessidade de existirem Guardiões, encaminhadores e combatentes das forças negativas. Trabalho básico da nossa religião. Por isso é que se diz que, “Sem Exu não se faz nada”. Isso, não porque Exu não deixa, porque é vingador, traidor ou voluntarioso, como querem fazer pensar algumas estórias que se contam por aí. Mas sim, porque não há como combater as forças negativas e trevosas, sem a devida defesa e proteção.
Muitas pessoas perguntam: “Então nossos Guias (Caboclos, Pretos-velhos, etc...) não nos protegem e defendem? Só os Exus fazem isso? E a resposta vem da própria Espiritualidade: -” Logicamente que os Guias lhes defendem e lhes protegem, entretanto, cabe a Exu o primeiro combate, o combate direto contra as energias que circulam no Astral Inferior. Esta é a especialidade de Exu, pois ele conhece profundamente todos os caminhos e trilhas desse ambiente energético. É a sua função primeira”.
Tudo na Umbanda é organizado, coerente e lógico!!!
Outro mito, que muito confunde os iniciados na religião, diz respeito à Confiabilidade de Exu.
Muitas pessoas, que vão a um terreiro em busca de ajuda ou socorro para assuntos materiais e até espirituais, são surpreendidos, quando em consulta, lhes é dito que estão sendo vítimas de “trabalho feito”, que esse “trabalho” foi feito por um Exu, e outros vão mais além, dizendo que o Exu “malfeitor” é o Sr. Fulano de Tal (geralmente um Exu famoso, de nome e fama conhecidos). Bom, aí vem a incoerência!
Se nós, Dirigentes e Orientadores espirituais falamos que Exu não é traíra, é combatente das forças trevosas, conhecedor e manipulador dos segredos da magia. Como pode, esse mesmo Exu, ser aquele espírito que usa indevidamente seus poderes e conhecimentos para prejudicar pessoas indefesas?  Como pode esse mesmo Exu, não ter nenhuma aspiração evolutiva, ser manipulado pela vontade das pessoas que desejam prejudicar seus semelhantes, a bel prazer? Como pode esse mesmo Exu, usar seus conhecimentos e poderes contra si próprio, já que, com certeza, arcará com as conseqüências dos seus atos? Como pode, esse mesmo Exu, tido como o Mensageiro dos Orixás, Guardião dos segredos e dos caminhos da Espiritualidade, trair a confiança dos Espíritos de Luz e anular toda a caridade praticada pelos seres da Espiritualidade positiva?
A resposta é uma só e unânime:  - “O tal” trabalho feito” não foi realizado por um Exu e sim por um obsessor, agente das forças negativas e trevosas que se fez passar pelo “Sr. Fulano de Tal”. Aliás, obsessor pode se fazer passar por tudo, inclusive por um Mensageiro de Orixá, Caboclo, Preto-velho, etc. Cabe ao Dirigente Espiritual, ou aos médiuns mais preparados e evoluídos, desvendarem essa farsa, até porque não existe farsa perfeita, sempre haverá um detalhe, ou um momento, em que “a casa caí” e a farsa é descoberta.
Mas então, porque muitos obsessores se fazem passar por Exus de Lei ? Porque em alguns casos, ou em algumas Casas, a farsa não é descoberta, e os nossos amigos e protetores, Exus de Lei, acabam sendo acusados ou confundidos, como malfeitores, desonestos, traíras, etc.?
Na maioria dos casos, isso acontece por causa de médiuns invigilantes. Médiuns despreparados e pouco compromissados com o Astral Superior. Médiuns orientados e “treinados” por Dirigentes também, despreparados e  pouco compromissados. Muitos médiuns e Dirigentes, procuram e buscam nos Terreiros uma forma de satisfazer as suas baixas aspirações, como válvulas de escape para fazerem “incorporados”, o que não tem coragem de fazer de “cara limpa”. Médiuns de moral duvidosa, que se aproveitam da condição de “incorporados” para gritar, falar palavrões, beber e fumar exageradamente, dançar de forma grotesca para uma Casa religiosa e praticar atos pouco aceitáveis em situações “normais”. Esses médiuns imputam aos Exus, os seus desvarios e desvios de comportamento, complementando ainda que não se lembram de nada, que a responsabilidade é do Exu, e não dele (médium).
Na realidade, esses médiuns estão sofrendo a ação da incorporação de kiumbas (espíritos trevosos, moralmente atrofiados, que não tem a mínima aspiração evolutiva e buscam apenas, tumultuar o ambiente).
Nunca um Exu ou Pomba-Gira de Lei, irá se prestar a um papel desses!
Outro ponto de muita confusão: A incorporação de Exu.
Afinal, com que Exu trabalhamos? Se todo Exu é Guardião dos segredos e dos caminhos, quando incorporado no seu médium, realizando algum trabalho, como fica a sua missão de Guardião? Ele não está “guardando” nada?
Normalmente, os Exus com os quais trabalhamos, são os chamados “Exus de Trabalho”, de defesa pessoal do médium. Esses Exus de Trabalho”  são também, integrantes participativos da “Equipe de Defesa da Casa”, que o médium freqüenta. São colaboradores e participam ativamente junto ao Exu Guardião da Casa, no combate às forças inferiores e invasoras. Mas, o Exu de Trabalho também tem outro compromisso, que é proteger, defender e direcionar positivamente o seu médium, segundo a Doutrina da Casa, da qual faz parte.
Por isso, respeitam a Casa, suas normas e doutrina e não induzem o médium a embriagues, algazarras e demais comportamentos chulos, torpes e deselegantes.
Exus de verdade, são espíritos em busca de evolução, que embora tidos como “Espíritos sem Luz”, possuem certo de grau de positividade, de compreensão do que é certo ou errado, perante a Espiritualidade e de acordo com Leis Superiores. São espíritos altamente compromissados com os Orixás Superiores, com os Guias e Protetores do próprio médium e com toda Egregóra de Luz da Casa, na qual o médium está inserido. Trabalham diretamente com esta Egregóra, auxiliando no combate e encaminhamento dos espíritos que são atraídos pela corrente de desobsessão do Terreiro que fazem parte.
No entanto, cabe aqui salientar que o estágio evolutivo de um Exu de Trabalho está abaixo do estágio evolutivo de um Caboclo ou de um Preto-velho. Isso não significa que não sejam evoluídos, apenas encontram-se num estágio abaixo. Sua energia é mais densa. Conseqüentemente, a sua vibração ou energia de incorporação está mais próxima (ou é mais parecida) á vibração da Terra, exigindo do médium uma “doação” maior de energia mental e física, diferente da incorporação de um Caboclo ou Preto-velho, ou até mesmo outro mensageiro enviado de Orixá. Ou seja, quando um médium vai incorporar um Exu, ele tem que se concentrar muito para sintonizar sua vibração a vibração do Exu, sendo que o Exu faz a mesma coisa, sintoniza sua vibração à do médium.
Outro aspecto importante é que, embora Exu esteja num estágio evolutivo abaixo dos Espíritos de Luz, nada impede que Exu trabalhe harmoniosamente com os Guias mais evoluídos e até mesmos com os Mensageiros dos Orixás, até porque além de trabalharem sob as ordens desses Mensageiros e dos Orixás Maiores, a questão “hierarquia” é muito bem resolvida no Astral. Lá não existem “disputas” pelo poder ou por cargos;  não se questiona quem manda e quem obedece. Todos são e estão conscientes os seus papéis e do trabalho que precisa ser realizado. Todos sabem que devem trabalhar com o mesmo objetivo: A Caridade !
Quando incorporados em seus médiuns, Exus e Pombas Giras podem se apresentar de duas maneiras básicas: alegres ou sérios. O que não significa, que mesmo quando são alegres, são também debochados, desrespeitosos, com comportamentos inadequados a uma Casa religiosa.
Geralmente, quando um Exu ou Pomba Gira se comporta de forma inadequada, ele está na verdade, sendo influenciado pelo comportamento desajustado do seu médium, que disfarça ou se controla, quando não está “incorporado”. Esse médium invigilante e portador de comportamento e moral duvidosos, ao receber a energia de incorporação de um Exu ou Pomba Gira (que começa a se dar através da aproximação do mesmo), por ser uma energia muito parecida a nossa e por estar mais próxima da crosta terrestre, onde o combate com o Astral inferior se dá, passa a dar vazão aos seus sentimentos menores influenciando e interferindo diretamente na incorporação do Exu ou Pomba-Gira, que assiste a tudo sem poder fazer nada (aqui, também cabe o livre arbítrio). Esse médium transfere para o Exu ou Pomba Gira sentimentos e comportamentos que, na verdade, são seus.
Isso não é mistificação (fingimento), porque existe a energia do Exu ao lado ou perto do médium. A mistificação envolve o fingimento puro e simples, sem envolvimento de energia ou proximidade de Entidade alguma. Mas existe, o que se chama de Animismo, a transferência voluntária de desejos e comportamentos do médium para o seu Guia.
A incorporação de Exu e Pomba Gira envolve a manipulação energética de chackras inferiores, e o que acontece no caso do Animismo, é que o médium deliberadamente, utiliza mal essa energia. Isso envolve também, intenção, moral, má fé e mau aproveitamento da energia de Exu.
Com a continuidade da insistência do médium em se utilizar dessa energia para a manifestação de seus desejos e comportamentos menores, em pouco tempo ocorre a “queda do médium”. O Exu de Trabalho se afasta do médium e fica o que ?  - Fica o kiumba, que assume o nome do Exu de Trabalho e contribui para o aumento dos desvarios do médium.
Muitas vezes, o médium não percebe que está acontecendo essa “transferência”, porque ele usa a energia do kiumba (aliás, um usa o outro) para falar e fazer coisas que normalmente, não tem coragem de fazer no seu estado normal.
Cabe ao Doutrinador e Orientador da Casa (Dirigente) coibir veementemente esses comportamentos logo no início, ou seja, no médium e assim que começam a acontecer. Nesse caso, a orientação e a desestímulo de atitudes e comportamentos desse tipo é o melhor remédio. Mas, caso haja persistência, a adoção de medidas drásticas deve ser a melhor atitude que o Dirigente da Casa deve assumir.
CAPACIDADE DE MANIPULAÇÃO ENERGÉTICA DE EXU
Já foi comentado anteriormente, que Exu possui uma grande capacidade de manipular energias, transfigurando-se em formas diferenciadas de acordo com o ambiente que está.
Um bom exemplo disso é Exu se apresentando aos obsessores que irá combater em forma que desperte medo e/ou respeito. Ele não poderia se apresentar aos seus inimigos como se fosse um jovem ingênuo ou indefeso adolescente, dessa forma, ele jamais intimidaria ninguém. Então, ele assume formas rudes e assustadoras. Entretanto, ele  faz isso por estratégia e não por ser deformado, e muito menos  tem chifres, rabo, etc..., como é retratado em diversas imagens que encontramos em casas de artigos religiosos. A forma original de Exu é humana, nada tem de partes de animais ou monstros, porque os espíritos que compõe a Falange dos Exus são espíritos como nós, de épocas recentes. Foram homens e mulheres normais, das mais variadas ocupações e profissões.
Então, porque Exu manipula energias para assumir outras configurações “físicas”? E como faz isso?
Em função do trabalho que irá executar ou da “batalha” que irá travar, Exu estuda o ambiente que irá entrar e em seguida, vibrando numa faixa bem acima do meio que irá adentrar, estuda seus “adversários” , suas intenções, seus planos, seus graus de compreensão e entendimento, seus medos, etc. Estabelece uma estratégia e assume a configuração que irá atingir o ponto fraco da maioria do grupo que irá combater, ou de alguém em especial. Lembrando que, Exu não trabalha sozinho, isso é feito em agrupamentos sob a supervisão de um Mensageiro de Orixá. Dessa forma, Exu nos mostra sua capacidade de vibrar em diferentes faixas de energia. E para que isso aconteça, não é necessário sacrifício de animais, despachos em encruzilhadas e/ou cemitérios, porque quem “recebe” esse tipo de despacho é o kiumba. Isso dentro do ritual da Umbanda, que difere muito do Candomblé.
Com relação às “entregas” de Exu e Pomba Gira que, eventualmente fazemos a pedido deles ou por nossa própria vontade, vale dizer que os matérias usados nessas “entregas” são como uma espécie de presente ou de fortificante, já que nossos amigos da Esquerda se utilizam à energia etérea, contida nos elementos de uma “entrega” (farofa, bebidas, cigarros, etc.) para se recompor da batalha travada ou para se fortalecer, se preparando para aquilo que irão enfrentar. Muitos elementos são também representativos a uma  “gratificação pelos serviços prestados” e por isso, são chamados de muitos de “mimos”.
Depois de todas essas explicações e tantas outras que, provavelmente já recebeu, você continua achando que Exu é o Diabo?
É mais importante e necessário temê-lo e tratá-lo como inimigo? Ou respeitá-lo, conhecê-lo e tratá-lo como um grande amigo?
Se ainda lhe resta alguma dúvida, então cabe aqui mais essa afirmação: “A Umbanda nasceu do coração de Zambi (Olorum/Deus) em Sua Infinita Misericórdia por nós! Porque só a Umbanda tem quem nos defenda e proteja, independentemente da nossa ignorância em reconhecê-los como bons e amigos!”.
Ao invés de temê-los e distorcer suas verdadeiras intenções e missões para conosco, deveríamos agradecê-los pela proteção, defesa, amizade, carinho e principalmente pela paciência com a nossa ignorância!
Laroyê, Exu !     Mojubá, Pomba-Gira !
Salve nossos amigos, defensores e protetores !
(Texto extraído do Jornal Umbanda Sagrada)

Orixás são Anjos

Embora não haja duvida entre o que são ou quem são, Anjos e Orixás o objetivo deste texto foi e é ainda, apenas fazer uma reflexão da importância.
Que tem os Anjos e da igual Importância dos Orixás.

Creio que muitos já leram este texto que é de 2006, Mas reenvio na certeza, minha, de que uma reflexão comparativa de valores, entre culturas e religiões é sempre boa.
Ontem enviei o texto “O Plágio Católico”, que se tem um perfil radical, No Entanto nosso foco é o de observar que em Religião os valores se reciclam. Ou seja, a mesma essência vai assumindo diferentes formas de uma religião à outra, como podemos ver.
Alexandre Cumino.

Orixás são Anjos
Anjos teologicamente são mensageiros de Deus,
Orixás teologicamente são divindades de Deus,
Qual a diferença entre um mensageiro e uma divindade?
Ambos foram criados pelo Senhor Supremo, ambos estão entre o homem e o Criador, o que muda entre um e outro é o conceito.
Anjos de forma ortodoxa estão inseridos na cultura judaica, católica e islâmica que não aceitam a existência de outra divindade além do Deus Único. Orixás vêm da cultura africana Nagô - Yorubá onde são divindades criadas a partir de Olorun (Senhor do Céu) que é o Deus supremo acima de Tudo e de Todos.
Orixás são adorados em sua cultura, Anjos são venerados, são chamados e não adorados.
Orixás têm vontade própria, Anjos não têm vontade própria no Judaísmo e passam a tê-la no catolicismo.
Assim como os Orixás, cada Anjo têm sua qualidade, veja:

         Rafael é o anjo da Cura,
Obaluaê é o Orixá da Cura

Miguel (Mikael) é o Arcajo chefe das milícias celestes,
Ogum é o Orixá chefe dos exércitos de Aruanda,

Gabriel o herói de Deus é o Anjo da Piedade e anunciação,
Oxalá também é Orixá da Piedade e que traz a mensagem do Alto,

A Igreja Católica só aceita estes três anjos (Rafael, Miguel e Gabriel) mas no Judaísmo podemos continuar encontrando mais Anjos que têm qualidades análogas aos Orixás, ainda, como:

Tsadkiel o Anjo que é mensageiro da Justiça de Deus,
Xangô é Orixá da Justiça Divina,

Samael é o Anjo que traz a punição ou a Morte,
Omulú também é o senhor da Morte,

Haniel ou Anael é a Graça de Deus como Anjo,
Oxum é o Orixá que manifesta a graça, pureza e amor,

Assim poderíamos continuar este estudo nos estendendo por muitos outros Anjos e Orixás, no entanto nosso objetivo é mostrar que Orixás são como Anjos, para Deus e para nós, as diferenças são poucas, pois ambos são manifestadores do sagrado e do divino.
         As diferenças são muito mais culturais, pois quando pensamos em Anjo imaginamos aquele anjinho loiro de olhos claros e quando pensamos em Orixás imaginamos um negro forte ou uma negra sensual. Mas não haverá Anjo de pele negra ou Orixá de pele branca, como a imagem de Yemaná consagrada pela Umbanda.

         A questão é que tanto anjos quanto orixás estão muito acima da cor de pele, raça ou cultura.

Anjos e Orixás estão acima de nós e se cada um se mostra dentro de uma teologia especifica, no entanto Orixás são como Anjos para quem não os conhece e Anjos são como Orixás para quem não os conhece.
Para quem conhece ambos foram criados em Deus, no seu âmago, e a Ele estão ligados e por Ele intercedem como intermediários da criação.
Basta nos permitirmos conhecer de cabeça aberta, não para misturar e sim para entender que os valores de uma cultura não diminui os valores de outra e o que é sagrado sempre o será, pois o sagrado está em Deus.
Que os Anjos e os Orixás nos abençoem aqui, agora e sempre por Deus, Olorum, Zambi, Tupã, Adonai, Ya-Yê e outros nomes mais que possam identificar Aquele que é o Ser Supremo dos "mil" nomes.
Alexandre Cumino. Publicado no Jornal de Umbanda Sagrada de  Agosto de 2006.

Umbandista. Você conhece os nossos direitos?




VOCÊ SABIA?
Você sabia que os templos religiosos - terreiros são isentos de IPTU? 

RESPEITO À PRIVACIDADE
Não podem ser objeto de registro os dados referentes a convicções filosóficas, política e religiosa, a filiação partidária e sindical, nem os que digam respeito à vida privada e à intimidade pessoal, salvo quando se tratar de processamento estatístico, não individualizado (artigo 21 da Constituição Estadual).

LIBERDADE DE CRENÇA
É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma de lei, a proteção dos locais de culto suas liturgias e seguidores (artigo 22 da Constituição Estadual).

INTOLERÂNCIA RELIGIOSA
Não são admitidas a pregação da intolerância religiosa ou a difusão de preconceitos de qualquer espécie (parágrafo 2º do artigo 22 da Constituição Estadual).

RESPEITO AOS TEMPLOS
São invioláveis as sedes de entidades associativas, ressalvados os casos previstos em lei ( parágrafo 3º do artigo 22 da Constituição Estadual).

PROTEÇÃO DA POLÍCIA
A força policial só intervirá para garantir o exercício do direito de reunião e demais liberdades constitucionais, bem como para a defesa da segurança pessoal e do patrimônio público e privado, cabendo responsabilidade pelos excessos que cometer. (parágrafo único do artigo 23 da Constituição Estadual).

GOVERNO X CULTOS
É vedado ao estado e aos municípios embaraçar o exercício dos cultos religiosos (artigo 71 da Constituição Estadual).

PROTEÇÃO ÀS DIFERENÇAS
São vedadas a propaganda, as divulgações e as manifestações, sob qualquer forma, que atentem contra ás diferenças raciais, étnicas ou religiosas, bem assim a constituição e funcionamento de empresas ou organizações que visem ou exerçam aquelas práticas. (parágrafo 1º do artigo 331 da Constituição Estadual).

ISENÇÃO DE IPTU PARA OS TEMPLOS
Os dirigentes devem dar entrada num requerimento nos plantões fiscais do IPTU pedindo isenção. A lei é extensiva aos imóveis alugados para funcionarem como Terreiros e aos próprios devidamente legalizados nos respectivos cartórios de registro de imóveis.. (Lei 1936 de 30/12/92 – inciso 22 do artigo 61 na Lei 691/84)
http://choupanadocaboclopery.blogspot.com/

Anjos da Guarda na Umbanda



Você sabe a importância dos anjos da guarda na Umbanda?
Bem, os anjos de guarda nos protegem e acompanham a cada dia. E esse acompanhamento também está nas horas de trabalho (sessões). Sim, porque estamos numa corrente espiritual onde espíritos sem luz e perturbados, confusos, enfim vêm contra nós, os Orixás, Guias, Entidades nos protegem, mas a presença do anjo da guarda antes e depois da incorporação é por demais importante.
Um exemplo, normalmente quando uma pessoa sofre um trabalho de demanda, um trabalho contra o bem estar dela, a primeiro reflexo que se nota é o enfraquecimento de seu anjo da guarda, tornando-o distante e deixando a pessoa vulnerável.
É comum que os Guias/Entidades do terreiro, quando se vêem a frente de uma pessoa com demanda, venham a pedir um “fortalecimento para o anjo de guarda”, ou seja, um reforço para restaurar os laços entre você e seu anjo da guarda. Esse reforço consiste em trazer ele mais próximo de você, com mais força para te proteger contra os *ataques* da demanda.
E para os médiuns?
Com toda a certeza, para os médiuns, os anjos da guarda são tão importantes quanto os próprios Orixás e Entidades.
Quando o médium vai incorporar, para que o Orixá/Entidade se aproxime, o anjo de guarda permite a passagem para ocorrer a incorporação. Quando o Orixá/Entidade está incorporado no médium, o anjo da guarda permanece ao lado, pois o médium está protegido por energias do Orixá ou Entidade que está ali.
Quando há o processo de desincorporação, o Anjo da Guarda se aproxima mais, para manter o equilíbrio do médium.
Portanto, os médiuns devem ficar atentos para não oferecer resistência na hora da desincorporação desse Orixá/Entidade, pois existe uma hora certa em que o Orixá deve deixar a matéria e o anjo da guarda se aproximar, não deixando a matéria desprotegida.
O seu anjo da guarda, sempre anda com você em qualquer lugar que você esteja, pronto a lhe proteger; embora você não o veja.
O que chamamos de intuição, muitas vezes é a manifestação de nosso Anjo da Guarda que procura sempre o melhor para nós (aquela voz na cabeça que diz, não faça isso, não vá por esse caminho, etc.).
O nosso anjo da guarda é aquele que nos protege a todo instante de nossas vidas... Por isso, devemos manter acesa uma vela com um copo d’água ao lado em um local alto, e fazer orações ao anjo da guarda regularmente, pedindo sempre que nos guie pelos caminhos certos da vida e que nos proteja.
Para quem acredita é muito fácil sentir, ouvir e presenciar a manifestação dos anjos em nossa vida dando inspiração para algo que ocorrerá em nossos dias, mas para pessoas que não acreditam que os anjos existam é totalmente difícil manter o anjo próximo dele, esse pensamento negativo e destrutivo para o anjo o enfraquece e acaba por distanciá-lo.
O céu não tem entradas, lá não precisamos bater; pois, chegando ao fim da jornada, sempre há alguém para nos receber.

Seu Anjo da Guarda te Chama!
Quando o médium fica meio em transe após a incorporação, alguns dirigentes colocam a mão sobre o coração do médium e dizem: “_fulano seu anjo da guarda te chama!”
Esta era uma prática comum antigamente (não há como datar precisamente) de benzedeiras. Elas utilizavam esta frase como uma pequena oração para pessoas que não se achavam plenamente conscientes por vários motivos (mediunizadas, epilepsia, desmaio, etc.).
Tal prática talvez tenha sido trazido para a nossa amada Umbanda por alguma Preta Velha, já que é de pleno conhecimento nosso que muitas Delas foram exímias benzedeiras.
O Anjo da Guarda é visto como o Mentor de nossa razão, de nossa consciência; Desta forma este é um chamado ao restabelecimento da consciência com implicações magísticas.
Ao fazer referência ao nosso anjo da guarda, chamando-nos de volta ao domínio das faculdades no corpo físico após o transe mediúnico, ocorre uma espécie de invocação a nós mesmos.

Salve o Seu Anjo da Guarda...

Quem és, Exu?


Quem és, oh Elegbara!? Que com teu falo em riste deixava estupefatos os zelosos sacerdotes do clero católico.Só pode ser o demônio infiltrado nestas tribos primitivas que habitam o solo árido da África, gritavam os inquisidores preocupados. Negros sem alma, que só pensam em se reproduzir, em ofertar para a fertilidade da lavoura, levem-nos para o Brasil e vendam-nos como escravos que lá aprenderão as verdades dos céus. Cá chegando, quem és, Exú, “orixá” amaldiçoado pela dualidade judaico-católica, que não pôde ser sincretizado com os “santos” santificados pelos papas infalíveis…
Quem és, Exú, que os homens da Terra determinam que não é santo e por isto é venerado escondido no escuro das senzalas e seus assentamentos ficam enterrados em locais secretos?
Quem és, Exú, que o vento da liberdade que aboliu a escravidão “enxotou” para as periferias da capital de antanho?
Quem és, Exú, que o inconsciente do imaginário popular vestiu com capa vermelha, tridente, pé de bode, sorridente entre labaredas, que por alguns vinténs, farofa, galo preto, charuto e cachaça, atende os pedidos dos fidalgos da zona central que vêm até o morro em busca dos milagres que os santos não conseguem realizar?
Quem és, Exú, que continua sendo “despachado” para não incomodar o culto aos “orixás”? Exú, é entidade? Então não entra dizem os ortodoxos que preconizam a pureza das nações. Aqui não tem lugar para egum…espírito de morto… Exú, fique na tronqueira. Médiuns umbandistas pensem nos caboclos e pretos velhos, não recebam estes Exús, admoestam certos iniciados chefes de terreiro. Eles são perigosos para os iniciantes. Sim, estes iniciantes e iniciados que pelo desdobramento natural do espírito durante o sono físico vão direto para os braços do seu quiumba – obsessor- de fé, e saem de mãos dadas para os antros de sexo, drogas, jogatinas e outras coisitas prazerosas do umbral mais inferior. Noutro dia, sonolentos e cansados do festim sensório, imputam a ressaca ao temível Exú. Oh!
Quantas ilusões!!!!!! Afinal, que és tu, Exú? Por que sois tão controverso? Eu mesmo vos respondo…
Iah, ah, ah, ah….
Não sou a luz…Pois a luz cristalina, refulgente, só a de Zambi, Olurum, Incriado, Deus, seja lá que nome vocês dão…Não sou a luz…Logo sou espírito em evolução. Esta não é uma peculiaridade nossa, só dos Exús, mas de todos os espíritos no infinito cosmo espiritual. Afirmo que não existe espírito evoluído, como se fosse um produto acabado. Todos os espíritos, independente da forma, estão em eterna evolução, partindo do pressuposto que só existe um ser plenamente perfeito, um modelo de absoluta perfeição, o próprio Absoluto, Deus. Assim, perante os “olhos” de Olurum, sou igual aos pretos velhos, caboclos, baianos, boiadeiros, ciganos, orientais… As distinções preconceituosas ficam por conta de vocês.Não sou a luz, mas tenho minha própria luminosidade, qual labareda de uma chama maior, assim como todos vós. Basta tirar as nódoas escuras do candeeiro que vos nublam o discernimento que podereis enxerga-la, lá dentro de vós, o que chameis de espírito. Há algo que me distingue dos demais espíritos. É o fato de eu não estar na luz. Meu habitat é a escuridão. Os locais trevosos onde há sofrimento, escravidão, dominação coletiva, magismo negativo, castelos de poder alimentados pelo mediunismo na Terra que busca a satisfação imediata dos homens, doa a quem doer. O que eu faço lá?
Eu, um Exú, entre tantos outros, levo a luz às trevas, qual cavaleiro com estandarte em punho. Dentro da lei universal de equilíbrio, eu abro e fecho, subo e desço, atuo na horizontal e na vertical, no leste o no oeste, atrás e na frente, encima e embaixo, impondo sempre o equilíbrio às criaturas humanizadas neste planeta, encarnados e desencarnados aos milhões.
O Cosmo é movimento, nada está parado, nada é estático. Eu sou movimento. Não sou as ondas do mar, mas eu as faço movimentar-se…Não sou as estrelas na abóbada celeste, mas meu movimento faz a sua luz chegar até as retinas…Não sou o ar que perpassa as folhas, mas as suas moléculas e partículas atômicas são mantidas em coesão e movimentadas pela minha força…. Iah, ah, ah…Este equilíbrio não se prende as vontades humanas e aos vossos julgamentos de pecado, certo ou errado, moral ou imoral. Eu atuo no contínuo temporal do espírito e naquilo que é necessário para a evolução. Se tiver programado nesta encarnação serdes ricos, o será com axé de Exú. Se for o contrário, se em vida passada abusou da riqueza, explorou mão de obra, matou mineiros e estivadores de canaviais, e é para o equilíbrio de vosso espírito serdes mendigo, nascerás em favela sentindo nas entranhas o efeito de retorno, com axé de vosso Exú que vos ama, assim como um elástico que é puxado esticando e depois volta à posição de repouso inicial, estarei atuando para que seja cumprida a Lei de Harmonia Universal, mesmo que “julgueis” isto uma crueldade.
Eu, Exú, vos compreendo.
Vós ainda não me compreendeis.
Eu sou livre, livre e feliz.
Vós sois preso, preso e infeliz no ciclo das reencarnações sucessivas.
Eu dou risada.
Iah, ah, ah, ah !!!!
Sabe por quê? Porque eu sei que no dia que o Sol não mais existir, vosso planeta for mais um amontoado de rocha inerte vagando no cosmo, estaremos vivos, vivos, muito vivos, evoluindo, evoluindo, sempre evoluindo. Assim como vim para a Terra como caravaneiro da Divina Luz há milhares de anos atrás, assim iremos todos para outro orbe quando este planeta “morrer”.
Quando este dia chegar, vós estareis um pouco menos iludidos com as pueris verdades emanadas dos homens e seus frágeis julgamentos religiosos. Eu, Exú, vou trabalhar arduamente para quando este dia chegar, vós estejais menos iludidos e quem sabe livre da prisão do escafandro de carne, assim como eu sou livre, livre, livre e feliz.
Iah, ah, ah, ah, ah.
Obs: O Exú que ditou esta mensagem é mais um dentre tantos que se denominam PINGA FOGO e labutam em prol da Divina Luz, nossa amada Umbanda. Quanto a quem recebeu a mensagem, isto é só mais uma ilusão.

Laroyê, Exu. Exu é Mojubá. Salve os Exus!

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